Os perigos de negligenciar a necessidade das empresas serem ciber resilientes
A cibersegurança transcende a esfera da tecnologia, posicionando-se como um pilar estratégico incontornável para a alta liderança. Ignorar a ciber resiliência é expor a organização a riscos existenciais, que se estendem muito além da interrupção operacional. Líderes perspicazes entendem que salvaguardar o futuro do negócio demanda uma defesa robusta e a agilidade para se recuperar prontamente de ataques cada vez mais sofisticados. No entanto, a Netconsulting compreende que não existe uma solução universal. Cada empresa possui uma realidade única, e a estratégia de segurança deve ser meticulosamente “Taylor-Made”, desenhada para atender às suas especificidades.
O Custo Escalado da Vulnerabilidade
O cibercrime não é uma ameaça abstrata; é uma realidade implacável com repercussões financeiras alarmantes. Globalmente, as projeções indicam que o cibercrime custará US$ 12 trilhões em 2025, um montante que eclipsa os danos de catástrofes naturais. As violações de dados, vetor principal desse custo, apresentaram um valor médio global de US$ 4,88 milhões em 2024, representando um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Embora o relatório “Cost of a Data Breach 2025” da IBM, de julho de 2025, aponte uma ligeira queda para US$ 4,44 milhões no custo médio global em 2025, o custo médio nos EUA disparou para US$ 10,22 milhões, evidenciando a volatilidade e a gravidade regional.
No Brasil, o cenário é igualmente desafiador: o custo médio de uma violação de dados escalou para R$ 7,19 milhões em 2025, um aumento de 6,5% frente a 2024. Tais cifras não se limitam a perdas diretas; englobam também a paralisação de negócios, o abalo reputacional e a perda de clientes – o Hiscox Cyber Readiness Report 2024 revela que 43% das empresas já perderam clientes em decorrência de ciberataques. Setores vitais como Saúde, Finanças e Serviços são consistentemente os mais vulneráveis e os que arcam com os maiores custos de violação, tanto no panorama global quanto no brasileiro. Antes de definir qualquer estratégia, a Netconsulting defende a realização de um Business Impact Analysis (BIA) para identificar os riscos específicos e o impacto potencial em cada área do negócio.
A Complexidade das Ameaças e a Lacuna na Postura de Defesa
O espectro das ameaças cibernéticas se expande em complexidade. Em 2024, observou-se um aumento de 31% nas vulnerabilidades divulgadas e de 20% nas explorações ativas. A Inteligência Artificial Generativa (GenAI), embora revolucionária, é uma ferramenta de duplo gume: cibercriminosos a empregam para orquestrar ataques de phishing mais elaborados, que registraram um assustador aumento de 1.265% em 2024. A “Shadow AI” – a utilização não sancionada de ferramentas de IA – eleva os custos médios de violação em R$ 591.400 no Brasil.
A cadeia de suprimentos representa um elo crítico, com 54% das grandes organizações a identificando como o maior obstáculo à ciber resiliência. Adicionalmente, o erro humano persiste como a causa primordial de 60% das violações de dados, conforme o Verizon Data Breach Investigations Report 2025. Para complicar, a escassez global de 4 milhões de profissionais de cibersegurança é aguda, e o Brasil enfrenta um déficit de 750.000 especialistas. A própria complexidade dos sistemas de segurança, por sua vez, inflaciona os custos das violações em R$ 725.359 no território nacional.
Ciber Resiliência: A Estratégia para a Sobrevivência
Diante deste cenário desafiador, a ciber resiliência se estabelece como a estratégia inegociável. Sua essência vai além da mera prevenção de ataques; ela assegura a capacidade de uma organização de se adaptar, sobreviver e prosperar, mesmo após ser alvo de um incidente cibernético. Há sinais encorajadores: o tempo médio para identificar e conter uma violação caiu para 241 dias em 2025, um recorde de nove anos. A implementação de IA e automação na segurança demonstra eficácia, gerando uma economia de aproximadamente US$ 2 milhões em custos de violação e acelerando a detecção e contenção em 80 dias.
No Brasil, o arcabouço regulatório evolui. A Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber), instituída em dezembro de 2023, e a nova Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber), lançada em agosto de 2025, visam aprimorar a governança e os padrões de segurança. A proposta de criação de uma Autoridade Nacional de Cibersegurança também avança. Tais iniciativas, combinadas com a crescente adoção de arquiteturas Zero Trust e a atenção à segurança de IoT e OT, sinalizam um amadurecimento estratégico do mercado brasileiro.
Conclusão:
A negligência da ciber resiliência não é uma alternativa viável para a liderança executiva. Os riscos são palpáveis, os custos crescem incessantemente e o impacto pode ser catastrófico para a continuidade e a reputação corporativa. É imperativo investir em uma estratégia de ciber resiliência abrangente, que integre tecnologia de ponta, capacitação de equipes e alinhamento rigoroso com as melhores práticas e o cenário regulatório. A Netconsulting, com sua abordagem pragmática e visão de futuro, enfatiza que a jornada começa com uma análise profunda do seu negócio através do BIA, permitindo a criação de uma estratégia de ciber resiliência verdadeiramente personalizada. Somente assim as empresas poderão não apenas se defender das ameaças, mas também capitalizar a adversidade, transformando-a em uma oportunidade para solidificar sua posição no ecossistema digital e construir um ambiente de confiança e inovação.



Comments are closed